LPN inicia campanha “Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a Parque Nacional”

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O objectivo desta campanha é chamar a atenção do público para a importância da preservação da biodiversidade do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e exigir aos governantes que dotem esta área dos meios legais e económicos necessários para a implementação de medidas de protecção ambiental socialmente aceites.

Esta região, que a LPN considera ser uma das mais importantes de Portugal do ponto de vista da biodiversidade, e dos serviços dos ecossistemas que providencia, possui valores naturais únicos num contexto europeu cuja importância só terá reconhecimento apropriado com o estatuto de Parque Nacional.

Adicionalmente, a LPN defende que a promoção da área a Parque Nacional será efectivamente um factor impulsionador de desenvolvimento sustentável, potenciando oportunidades no plano económico. No sector do turismo rural e de natureza, por exemplo, poderá ajudar a cativar mais visitantes promovendo também os produtos e cultura tradicionais da região.

Esta campanha insere-se num conjunto de iniciativas da LPN no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade, em que será dado grande destaque ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).

A preparação da proposta técnica para a promoção da área a Parque Nacional será acompanhada de uma petição electrónica com o objectivo de levar este assunto a ser debatido no parlamento nacional. Recorde-se que numa petição anterior, efectuada em 2004, e que recolheu mais de 33.000 assinaturas, os subscritores solicitaram ao Ministro do Ambiente que fizesse respeitar o Plano de Ordenamento e impedisse o desenvolvimento de mega-projectos turísticos que ameaçavam (e ainda ameaçam) o Parque Natural.

Num primeiro passo para esta actividade, a LPN pretende contactar o ICNB e as autarquias locais para solicitar a sua colaboração nestas iniciativas.

A promoção desta Área Protegida a Parque Nacional adquire especial relevância num momento em que começa (a partir de 18 de Março) a discussão pública do novo Plano de Ordenamento, que apresenta inúmeros atentados à conservação desta região.

Outras acções que irão ser desenvolvidas durante o corrente ano incluem:

a) A exigência ao governo português para que dote as entidades responsáveis (ICNB e autarquias locais) de meios financeiros e humanos para a implementação de medidas socialmente compatíveis com os valores de biodiversidade existentes;

b) A denúncia do risco que o novo Plano de Ordenamento constituirá para a biodiversidade desta área;

c) Uma proposta de Área Marinha Protegida que promova a utilização sustentável dos recursos pesqueiros neste Parque;

d) A denúncia das pressões que promovem um crescimento turístico e urbanístico incompatível com o desenvolvimento sustentável da região;

e) Uma proposta de revisão das medidas agro-ambientais e silvo-ambientais na região, de forma a preservar correctamente os valores naturais e apoiar os agricultores e proprietários que zelam pela preservação desses valores.

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