Proteção e recuperação ambiental com investimento reforçado da Parques de Sintra

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A Parques de Sintra tem atualmente em curso 6 grandes projetos na área da proteção e recuperação ambiental, reforçando desta forma a aposta na salvaguarda da área florestal Património Mundial sob a sua tutela. Estes projetos envolvem, em alguns casos, investimento próprio da Parques de Sintra e, noutros casos, cofinanciamentos ou subsídios que a empresa conseguiu captar.

6 grandes projetos em curso:

– Projeto pioneiro de controlo de espécies invasoras lenhosas (320 hectares)

– Tapada do Saldanha: Limpeza e reflorestação (50.000 árvores)

– ReInfforce: projeto internacional de adaptação florestal às alterações climáticas

– Incêndios: protocolos com GNR, Bombeiros e Regimento de Infantaria, e formação de colaboradores

– Bio+Sintra: proteção e promoção da biodiversidade

– Casa do Shore e Bordalo: alojamento para estudantes e investigadores nacionais e internacionais

O projeto de controlo de espécies invasoras lenhosas nas áreas sob gestão da Parques de Sintra representa um investimento de 690.000 Euros e é comparticipado em 80% a fundo perdido pelo PRODER. Este é um projeto pioneiro, tendo em conta a extensão abrangida (cerca de 320 hectares) e pelo facto de incluir o acompanhamento e monitorização do Centro de Biociências do ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada), com vista à minimização dos impactos na fauna, flora, água e solo. Adicionalmente, será também avaliada com o ISA (Instituto Superior de Agronomia) a eficácia dos tratamentos implementados. Este é um projeto a 3 anos (até final de 2013) que se integra na estratégia de controlo e investimentos florestais que a Parques de Sintra tem levado a cabo ao longo dos últimos anos.

A limpeza e reflorestação da Tapada do Saldanha, que a Parques de Sintra adquiriu grande parte em 2010, constituem um dos maiores projetos de reflorestação da Serra de Sintra, no qual serão plantadas aproximadamente 50.000 árvores. Este projeto envolve um investimento total de cerca de 645.000 Euros subsidiado em 70% a fundo perdido pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural). Pretende-se aumentar o valor ecológico, paisagístico, recreativo e cultural da Tapada do Saldanha, através da substituição gradual da vegetação exótica invasora (eucaliptos e acácias) por vegetação nativa clímace (carvalho português, carvalho roble, sobreiro e medronheiro).

O projeto REINFFORCE, para o estudo da adaptação das florestas atlânticas às alterações climáticas, envolve a reunião entre 11 instituições europeias, entre as quais o Instituto Superior de Agronomia (ISA) com o qual a Parques de Sintra se encontra em parceria no que concerne às plantações na Serra de Sintra. Este projeto visa instalar uma rede única no mundo, constituída por 33 arboretos de cerca de 2 hectares cada, de forma a monitorizar os efeitos das alterações climáticas globais e testar a eficiência de medidas de adaptação necessárias no âmbito das atividades de florestação e gestão de florestas ordenadas. Este é um ponto-chave para a sustentabilidade dos recursos florestais atlânticos, já que atualmente se está a plantar o que irá ser colhido dentro de dezenas de anos, sob novas condições climáticas. A mais-valia destes arboretos, onde estarão representadas 32 espécies, autóctones e introduzidas, reside no facto de estes se encontrarem distribuídos por toda a costa atlântica europeia, desde a Escócia até ao arquipélago açoriano e Sintra, partilhando o mesmo material vegetal e delineamento experimental.

Outra área de investimento da Parques de Sintra, no que concerne à proteção do ambiente, prende-se com a vigilância contra incêndios florestais, que este ano volta a ser contemplada com apoio, neste caso um investimento na ordem dos 60.000 Euros. Este projeto visa garantir que a área florestal de Sintra se encontra monitorizada 24 horas por dia na época de maior risco, e que os meios de resposta a eventuais incêndios operam nas melhores condições. Para isso, a Parques de Sintra renovou o protocolo com a GNR para apoiar financeiramente o recrutamento de vigilantes para as Torres de Vigia Florestal que circundam a Serra, durante a época alta. Irá também apoiar corporações de Bombeiros do Concelho, financiando a presença constante no Centro de Comando na zona do Convento dos Capuchos, bem como a permanente disponibilidade de um veículo de combate a incêndios. Estabeleceu também um protocolo com o Regimento de Infantaria de Queluz, cedendo a utilização de uma casa para a equipa. Adicionalmente, a Parques de Sintra assinou um protocolo com a Escola Nacional de Bombeiros para formar cerca de 40 colaboradores da empresa no combate a incêndios.Adquiriu também um kit de primeira intervenção para fogos florestais, que se encontra em permanência na Serra de Sintra.

O Bio+Sintra, projeto Life+ da União Europeia, que a Parques de Sintra conduz (cofinanciado a 50%), envolve um investimento de cerca de 1 milhão de Euros e tem como foco a redução da pegada de carbono, contribuindo para a valorização da biodiversidade em Sintra. Trata-se de uma experiência piloto na Paisagem Cultural de Sintra, pensada para vir a ser reprodutível noutros locais. As ações incluem workshops com saídas de campo, preparação e disseminação de materiais de comunicação; estabelecimento de percursos com identificadores de radiofrequência para acesso a informação digital, concursos de fotografia e exposições dos trabalhos vencedores, e encorajamento da redução da pegada de carbono com disponibilização de uma rede de caminhos pedestres devidamente sinalizados.

Um outro projeto da Parques de Sintra na área do ambiente prende-se com a recuperação da Casa da Tapada do Shore (junto ao Parque da Pena), que envolveu o investimento de cerca de 164.000 Euros por parte da empresa. Este espaço foi recuperado com o intuito de acolher equipas de estudantes e investigadores em trabalho de campo (tendo-se iniciado essa recepção já em Maio), ao abrigo de programas protocolados com universidades e centros de investigação (Professional Gardners Guild, Maison Familiale Rurale Domain Garachon, Instituto Superior de Agronomia, Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal), fomentando a realização de trabalhos que lhes permitam aprofundar a sua formação académica e contribuir para maior conhecimento sobre o património da Paisagem Cultural de Sintra. Atualmente, encontram-se alojados, tanto na casa do Shore (Pena) como na casa Bordalo (Monserrate), estudantes franceses, da escola Maison Familiale Rurale Domain Garachon, bem como da Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal.

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