Caminhada Nocturna pelo Ambiente – 24 Horas contra o furo de Aljezur

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Um Grupo de Cidadãs da Cidade de Lagos juntou 10 empresas de Caminhada para a organização de uma caminhada Nocturna que se vai realizar na noite de 4 para 5 de Agosto, entre Bensafrim (Concelho de Lagos) e Carrapateira (Concelho de Aljezur), com partida à meia noite, do Mercado Municipal de Bensafrim.

A caminhada, com início em Bensafrim, terminará na Praia do Amado, na Carrapateira, onde, a cerca 46 km da Costa, está autorizado pelo governo o primeiro de vários furos de prospecção de petróleo e gás, já a partir de 15 de Setembro.
Para além das empresas de Turismo de Natureza, que operam em vários locais do Algarve (Loulé, Sagres, Monchique, Aljezur e Lagos), a caminhada conta com a parceria da Associação Rota Vicentina, que, desde há vários anos, tem vindo a investir na promoção de um Turismo mais sustentável e responsável, o que já valeu ao Projecto vários Prémios internacionais.
De modo a poder envolver participantes com diferentes níveis de aptidão em caminhada, foram definidas 2 etapas distintas: ETAPA Nº1, entre Bensafrim e Praia do Amado, de 22 km, com partida de Bensafrim à meia noite do dia 4; ETAPA Nº2, de 2,5 km, entre o Centro da Carrapateira e a Praia do Amado, com partida do centro da Carrapateira às 5h00 e chegada prevista à praia às 6h00.
Na praia, pretende-se juntar os participantes da caminhada com outros cidadãos que queiram expressar o seu respeito pela natureza e, simultaneamente, fazer ouvir as suas “vozes” pelo desagrado relativo a todas as formas desnecessárias de violação da natureza, nos dias que correm. Assim, far-se-á uma meditação ao nascer do sol e flores serão lançadas à água, como homenagem ao mar e ao Planeta.
Convida-se a todos que venham e participem meditando, trazendo a suas pranchas para surfar, e os seus instrumentos de percussão ou simplesmente, que muito baste, a sua pessoa e cada uma um amigo, para que possamos todos juntos representar a nossa força num claro “Não” à prospecção e exploração de petróleo e gás na Costa Vicentina e restante país. Em nome das alterações climáticas, exige-se uma mudança de paradigma social e económico.
Os surfistas juntar-se-ão a esta cerimónia, entrando no mar e fazendo um cordão humano, contra o furo de Aljezur.
Os visitantes à praia do Amado entre estas horas do dia 5 poderão encontrar informação acerca do assunto e esclarecer-se junto de quem já possui mais dados. A intenção é que as razões para este “Não” sejam claras e compreendidas por Toda a comunidade portuguesa e estrangeira que habita e contribui para este país na sua particular singularidade.
Os participantes deverão trazer lanternas ou velas em frascos de vidro, para iluminar o caminho, bem como água, snacks e roupa e vestuário adequados e confortáveis.
Haverá ainda um carro de apoio que estará em cada ponto de chegada onde seja possível acesso com viatura, caso algum participante se encontre demasiado cansado.
Às 10h00, autocarros disponibilizados pelas autarquias, transportarão os participantes da Praia do Amado até Carrapateira, Barão de S. João e Bensafrim, garantindo o regresso dos participantes aos lugares de partida.
Todos os participantes terão direito a seguro de acidentes pessoais oferecidos pelas diferentes empresas parceiras, devendo para tal inscrever-se até ao dia 2 de Agosto, através do email costa.sempetroleo@gmail.com, indicando nome e datas de nascimento.
Durante o dia 4 de Agosto várias acções decorrerão ao longo do dia, em diferentes pontos do país, com destaque para a acção de Arte Aérea na Cova do Vapor, dinamizada pela Associação Tamera, contra o Furo de Prospecção em Aljezur (ver: https://www.tamera.org/parar-o-furo/).
Serão, assim, 24 horas de acções contra o início de uma indústria que não faz sentido iniciar-se em Portugal, sobretudo numa altura em que vários países do mundo começam a dar os passos na transição para as energias renováveis, e onde Portugal se tem afirmado como um exemplo a nível de autonomia, com grande parte do seu consumo energético vindo de energias dito limpas.
A exploração de hidrocarbonetos em Portugal, a acontecer, iniciar-se-ia na Costa Vicentina, considerada uma das costas mais bem preservadas a nível europeu e uma das mais ricas em biodiversidade, tanto a nível terrestre quanto marinho.

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