Festival novas Invasões promete revisitar época das Invasões Francesas

0

O Festival Novas Invasões está de regresso a Torres Vedras, entre 29 de agosto e 1 de setembro, e promete muito mais do que uma “viagem no tempo”. O Festival promete transportar os visitantes até ao passado das Invasões Francesas, onde a importância das Linhas de Torres Vedras para a derrota de Napoleão é enaltecida, em quatro dias de animação e recriações históricas.

A cerimónia de abertura, marcada para quinta-feira, às 18h30, consiste num percurso performativo que terá o início no Forte de S. Vicente e descerá até ao Mercado Oitocentista, que estará instalado no Largo de São Pedro. Nova Invasão é o mote do momento, que irá contar com o disparo de algumas lúdicas salvas de canhão e a participação de vários grupos de recriação e animação de rua.
É, pois, no centro da cidade que se irá encontrar o Mercado Oitocentista, uma recriação histórica que será expressão da atividade humana do tempo das Invasões Francesas, surpreendentemente rico em vivências e costumes. O Mercado recria o quotidiano do tempo das famosas Invasões Francesas, com artesãos a trabalhar in situ, tabernas típicas da época, muitos espaços de partilha e animação diária.
Vendedores de produtos de primeira necessidade, Hilaris Tabernae ou taberna alegre, a extravagante, excêntrica, “naífe” e improvisadora Safaneta, o grupo de aventureiros Impostoritos – que passeia pela História com dois cães – e ofícios de época pelos Arqueiros d’El Rei dão forma à animação de rua do Mercado Oitocentista, que conta, ainda, com um Hospital de Campanha – Histórias de Guerra entre um soldado português e um soldado inglês.
No Mercado Oitocentista a animação está garantida, com a atuação dos grupos musicais Albaluna (quinta-feira às 20h30), Gaiteiros da Freiria e Rufos e Roncos (com arruadas ao longo dos vários dias) e ainda com a realização do segundo Encontro de Gaiteiros de Torres Vedras, com uma arruada no sábado, a partir das 15h00. As bailias estarão a cargo dos ranchos folclóricos e etnográficos “Flores do Oeste” e “Os Camponeses do Varatojo”, assim como do Rancho Folclórico “Os Rurais do Furadouro”.
Para quem quer mesmo dançar, o melhor é mesmo integrar o workshop de danças tradicionais alemãs, orientado por Carlos Pedro Lopes, sábado, às 17h00, na Praça Dr. Alberto Manuel Avelino. O workshop insere-se no projeto Baile Gaiteiro que no sábado, às 21h00, promete ser um momento para bailar à moda oitocentista, celebrando o espirito universalista do Festival Novas Invasões, promovendo e privilegiando a relação entre pessoas de diversas origens, comemorando o encontro, a alegria e a festa.
Além de um carrossel artesanal e jogos tradicionais de época, pode ainda contar com cortejos de abastecimento ao Castelo, que irão levar vários animais a beber água, sexta, sábado e domingo, partindo às 18h00 do Mercado Oitocentista.
Ao longo dos quatro dias terão lugar recriações históricas no Castelo e no Forte de São Vicente. No Castelo, o destaque vai para os Jantares com Recriadores, que irão proporcionar ceias oitocentistas, nas quais a restauração local promete recriar ementas de outrora. As ceias são animadas com música, dança e muito boa disposição.
Já o Forte de São Vicente irá contar com almoços no acampamento, que também prometem uma autêntica “viagem no tempo”, a par de jogos tradicionais, demonstrações do funcionamento do telégrafo de Ciera e de armamento, escaramuças, danças oitocentistas e manobras militares.
O Festival encerra no dia 1 de setembro com o Cortejo das Luminárias, num percurso entre o Largo de S. Pedro e o Parque do Choupal, que terá como ponto alto a revelação do país “invasor” convidado da próxima edição.
O conceito do evento, organizado em parceria com várias associações culturais do Concelho, tem estado a ser desenvolvido desde 2010, aquando das comemorações do bicentenário das Linhas de Torres, uma estrutura defensiva constituída por 177 fortes e redutos que impediu as tropas francesas de Napoleão Bonaparte de invadirem Lisboa em 1811.

Partilhe

Acerca do Autor

Deixe Resposta