Visitar: Ponte de Sequeiros

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A sensivelmente a 20 km do Sabugal e num ambiente bocólito temos a Ponte de Sequeiros , uma estrutura classificado como IIP – Imóvel de Interesse Público.

Enquadramento
Rural, isolado, lançada sobre o rio Côa, assente directamente em grandes afloramentos graníticos, em zona paisagística declivosa, rodeado por eucaliptos, carvalhos, freixos e amieiros, situada a relativa distância do aglomerado urbano.
Situada nas proximidades de Vale Longo, sítio de Sequeiros, faz a travessia sobre o Rio Côa numa área de vale um pouco cavado.
Ponte em alvenaria de cantaria de granito com aparelho regular, suportada por três arcos, em que o central é mais largo e alto. Os arcos são acompanhados pelo tabuleiro que se apresenta rampeado, fazendo ângulo ao centro. Tem de comprimento cerca de 65m e de largura, entre guardas, cerca de 4,5m.
O tabuleiro encontra-se a cerca de 20m do rio, está protegido por paralelepípedos de granito com cerca de 0,30m de espessura.
Dos lados dos pegões encontram-se dois robustos e enormes talhamares de perfil triangular, sendo a jusante rectangulares, com degraus escalonados, que poderão servir de reforço estrutural para cheias de maior intensidade e consequente maior velocidade das águas do rio.
O seu pavimento é lajeado, tendo continuidade nos acessos, acompanhando as rampas, que no topo do arco central formam uma superfície ligeiramente abatida e preenchida com saibro.
No acesso da margem direita está uma torre arruinada de que restam as paredes e dois arcos de acesso em grossa alvenaria de granito, que indicia que ter sido esta uma ponte fortificada ou com portagem.
Até ao século XIV a fronteira com o reino de Leão foi delimitada pelo rio Côa e apesar de se apontar a sua construção para finais da primeira metade do século XV esta ponte poderá ter funcionado como parte do dispositivo militar que em finais da Idade Média permitia regionalmente o controle fronteiriço de pessoas e bens. (JAM) / Direção-Geral do Património Cultural

Cronologia
Séc. 14 – a demarcação entre os reinos de Portugal e de Castela fazia-se pelo rio Côa; 1447 – construção da ponte de Sequeiros atravessando o rio Côa entre Pinhel e Castelo Rodrigo, com caminho que seguia para o planalto da Nave, em direcção a Trancoso, conforme se depreende dos Capítulos especiais de Castelo Rodrigo às Cortes informando: ” Per vossa carta e per vosso mandado se faz ora em a ribeira que chamam Coa, que é entre esta vila e a vila de Pinhel, mui fermosa ponte toda de canto talhada. E esta ponte Senhor, posto que seja mui grande trabalho e mui grande custo a esta terra e a Pinhel e a sua terra, é uma mui fermosa obra, se apraz ao senhor Deus de ser acabada, e meritória, a que todo o mundo devia ajudar. Ca esta ribeira todo los anos e tempos pareciam e morriam homens e outros muitos negócio que se dela seguiam, em barcos e em outros maus passos, que em ela havia muitos, o que, a Deus prazendo, se agora escusarão, per bem da dita ponte”.

A região possui uma ampla rede de percursos, na natureza, para serem efetuados a pé ou de bicicleta (BTT e cicloturismo):
Percursos Pedestres
BTT e Cicloturismo

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