Entre o Tejo e Trancão e o olhar nas aves

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A zona ribeirinha do Parque das Nações, o Parque Tejo (80 hectares) é um espaço natural, tridimensional, de amplo contacto com a natureza e um local privilegiado para a observação da fauna do estuário do Tejo. É também um parque metropolitano por excelência, aberto à prática de várias atividades desportivas e lúdicas.

Texto: Passear.com Fotografia: ViverComGosto

Num pequeno percurso circular com cerca de 6,4 km, entre a Torre Vasco da Gama e o rio Trancão, caminhamos por uma das zonas mais interessantes da grande Lisboa. O interesse advém da conjugação de paisagens, da flora diversificada, da escultura e da variedade de aves que podemos encontrar. O contraste do rio com a sua margem arborizada, um espaço verde concebido a pensar nas pessoas e com uma diversidade de espécies. Aves para todos os gostos, desde o pequeno passeriforme à garça real, passando pelos flamingos, podem ser observadas com facilidade. O site de referência Aves de Portugal (http://www.avesdeportugal.info/) considera o Parque Tejo um dos melhores locais para observar aves em Lisboa.

Ao nível dos espaços verdes, o Parque Tejo é uma obra de Hargreaves Associates/João Nunes que teve início em 1994 e terminou em 2004. Segundo este gabinete “… A proposta procurou estabelecer uma organização do espaço de grande diversidade cénica, visual e sensitiva, suportada por uma estrutura que traduz coerência e unidade formal, onde as formas de modelação de terreno constituem o elemento estruturante fundamental, determinando consequências ecológicas, cénicas e vivenciais que estabelecem o fundamento da paisagem que se pretende criar; uma paisagem tridimensional, diversificada e ritmada. Estas formas de modelação de terreno definem, pela sua disposição relativa e orientação, não apenas uma marcação formal mas, sobretudo, um ritmo ecológico que se repete ao longo do território do parque, essencialmente pela oposição entre taludes suaves expostos a Sul e taludes mais abruptos voltados a Norte”.

O resultado é um espaço muito interessante e convidativo à utilização (durante a semana e numa manhã de Inverno eram dezenas de pessoas a usufruir do espaço). Zonas expostas convivem com zonas mais protegidas com um ritmo ondulante de vegetação e arvoredo num diálogo permanente com a arquitetura existente, a ponte Vasco da Gama e o rio Tejo.
Ao nível fotográfico o Parque Tejo é deslumbrante devido às inúmeras árvores de folha caduca, à arquitetura contemporânea, à bela ponte Vasco da Gama, às esculturas existentes e, a luz de Inverno é talvez a mais interessante para captar todos estes aspetos.

Aves que podem ser observadas

Corvo marinho_Phalacrocorax carbo. Fotografia: HennyVanOppen

Pernilongo_Himantopus himantopus

Aves aquáticas:
marrequinha, corvo-marinho-de-faces-brancas, garça-branca-pequena, garça-real,
garça-vermelha,colhereiro, flamingo, pernilongo, alfaiate, tarambola-cinzenta, maçarico-de-bico-direito, fuselo, perna-vermelha-comum, maçarico-das-rochas, guincho-comum

Peneireiro-vulgar_Falco tinnunculus. Fotografia: Bishnu Sarangi

Grandes aves terrestres:
garça-boieira, peneireiro-vulgar, falcão-peregrino

Passeriformes:
alvéola-branca, fuinha-dos-juncos, estorninho-malhado

Ficha do percurso
Tipo: Circular
Extensão: 6,4 km
Grau de dificuldade: Fácil
Tema: Paisagem e observação de aves
Local: Parque das Nações em Lisboa

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