Destino Aldeia de Pedralva – As experiências Go

0

A Aldeia de Pedralva possui uma oferta diversificada para os amantes de Natureza. Salientamos as vertentes ligadas ao Trekking, BTT e Birdwatching onde foram criados pacotes de 5 a 6 dias de actividade intensa com uma componente cultural e gastronómica significativa.

Go Trekking é um pacote de 5 dias onde as caminhadas estão na ordem do dia. O programa elaborado pelos responsáveis da Aldeia da Pedralva é diversificado ao nível dos temas e paisagens.

1º Passeio: Trilho Vale Paraíso com 14,50 km de extensão com um grau de dificuldade fácil a moderado e com uma duração de aproximadamente 5 horas.

2º Passeio: Trilho dos Mariscadores com 14 km de extensão com um grau de dificuldade fácil a moderado e com uma duração de aproximadamente 5 horas.

3º Passeio: Trilho do Finisterra com 17,30 km de extensão com um grau de dificuldade fácil a moderado e com uma duração de aproximadamente 6 horas.

4º Passeio: Gentes de Aljezur com 7 km de extensão com um grau de dificuldade fácil e com uma duração de aproximadamente 2 horas.

5º Passeio: Trilho do Sul com 16,30 km de extensão com um grau de dificuldade fácil a moderado e com uma duração de aproximadamente 6 horas.

A Costa Vicentina é uma espécie de Santuário das Aves. Durante todo o ano a região recebe muitas centenas de espécies. Está em fase de preparação a criação de um pacote específico destinado ao Birdwatching.

No Verão e Outono, a península de Sagres e o cabo de São Vicente são dos locais de passagens migratórias mais interessantes do país, especialmente no Outono, com uma grande concentração de aves migradoras neste canto da Europa. Entre as aves de rapina, as espécies mais comuns são a Águia-calçada, o Milhafre-preto, o Bútio-vespeiro, a Águia-cobreira, o Britango e o Gavião. O Milhafre-real, o Francelho, a Ógea e o Falcão-da-rainha estão entre os menos frequentes. Em Outubro, também algumas aves marinhas podem ser facilmente observadas, como a Cagarra, o Fura-bucho, o Alcatraz, o Moleiro do Ártico, o Alcaide, o Garajau e a Gaivina. Este período migratório é também interessante para a observação de uma grande variedade de passeriformes como a Calhandrinha, a Petinha-dos-campos, a Alvéola-amarela, o Rouxinol, o Rabirruivo-de-testa-branca, o Cartaxo-nortenho, o Chasco-cinzento, o Papa-amoras, a Toutinegra-das-figueiras, a Toutinegra-de-bigodes, a Felosa-de-papo-branco e a Sombria.

Sagres, o extremo sudoeste da Europa continental, poderá ser interessante durante a Primavera, particularmente para a observação de Galheta, Falcão-peregrino, Gaivota-de-patas-amarelas, Andorinhão-real, Cotovia-escura, Melro-azul, Gralha-de-bico-vermelho e Toutinegra-tomilheira.

No Inverno, as áreas abertas circundantes na zona de Sagres albergam elevados números de Abibe, Tarambola-dourada e alguns Alcaravões, enquanto que a Ferreirinha-serrana pode ser encontrada nas falésias.

Go Biking é um pacote de passeios para 6 dias com a possibilidade de ser feito com bicicleta própria ou alugada no local.

1º Passeio: Trilho Vale paraíso com 50 km de extensão com um grau de dificuldade moderada a difícil e com uma duração de aproximadamente 5 horas.

2º Passeio: Trilho das Marés com 50 km de extensão com um grau de dificuldade moderada a difícil e com uma duração de aproximadamente 5 horas.

3º Passeio: Trilho Finisterra com 50 km de extensão com um grau de dificuldade moderada a difícil e com uma duração de aproximadamente 5 horas.

4º Passeio: Trilho do Sul com 50 km de extensão com um grau de dificuldade moderada a difícil e com uma duração de aproximadamente 5 horas.

Sobre os percursos

Durante a nossa estada na Aldeia da Pedralva tivemos a oportunidade de visitar os locais mais emblemáticos da oferta de Trekking e falar com Nicolau de Basto, o responsável pela criação dos percursos e o guia da empresa.

Conversámos sobre o conceito subjacente à criação destes itinerários “…Ao conceber este programa, composto por cinco dias de trekking, quis proporcionar ao caminhante uma verdadeira viajem pelo panorama Vicentino, percorrendo assim as diversas paisagens e habitats naturais que compõem esta verdadeira “jóia” do nosso território nacional.

O caminhante abrange uma sequência de cenários, cada um com as suas características específicas no que diz respeito á geologia, flora e fauna da área. Começamos com a paisagem típica da ‘serra Algarvia’, que é caracterizada pelos seus cursos de água, galerias ripicolas, matas de medronheiros, sobreiros, urze e esteva; cada território com a sua respectiva fauna. O trilho passa ainda por pequenas aldeias (Vilarinha, Bordeira) e sistemas dunares, chegando progressivamente ao litoral, atingindo a imensa praia da Bordeira; um cenário que é verdadeiramente de cortar a respiração.

A partir desse ponto a viajem toma rumo a sul, ao longo da costa e em direcção ao Cabo de São Vicente, atravessando inúmeros barrancos escondidos, onde a água corre em cascatas, passando também por enseadas e praias selvagens, ao longo das imponentes falésias que caracterizam esta zona. O caminhante pode assim observar as inúmeras espécies endémicas tanto de plantas como de aves, e ainda testemunhar as actividades tradicionais da área, tal como a pesca de linha, a apanha de marisco e o pastoreio.

A chegada ao Cabo de são Vicente marca a transição para a costa sul, com o seu património arqueológico, a cultura de hortejo, tal como a sua geologia e flora endémica.

Concebi este programa para que o visitante consiga adquirir através desta experiência, um conhecimento geral da flora, fauna, geologia, historia e cultura desta região, passando por trilhos e veredas não sinalizadas, dando assim a oportunidade ao caminhante, o profundo contacto com este local de enorme beleza natural.

Uma experiência que toca a todos os sentidos, em que poderá sentir a essência da Costa Vicentina, e como não poderia deixar de ser, com uma consciência ambiental sempre incutida”

Quando questionada sobre a evolução dos percursos Nicolau da Costa está “…a desenvolver novos trilhos, alguns mais curtos, outros mais compridos. Trilhos circulares, e outros que em principio virão a ser sinalizados”.

Por fim, colocámos uma questão sempre difícil quando estamos na presença de uma Natureza tão “esmagadora”. Qual o trilho de eleição? “…O trilho de eleição seria idealmente o trilho dos mariscadores. Este trilho, a meu ver, passa pela parte mais selvagem e inacessível da costa Vicentina; uma das áreas de maior beleza.

É o meu trilho de eleição porque mexe comigo pela sua imensa beleza geológica, e também porque é precisamente onde exerço grande parte da minha segunda actividade de pescador e mariscador profissional. Esta é uma zona que gosto de chamar ‘o meu escritório’.

Para saber mais:

http://issuu.com/editora_lobodomar/docs/passear_n_3/1

Partilhe

Acerca do Autor

Deixe Resposta