Caminho de Santiago em Bicicleta – 5ª etapa

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5ª etapa. Belorado/Hontanas, passando por Burgos, 88.84 Kms

Saímos de Belorado, já tarde, cerca de 09:00 horas da manhã. Percorremos 88,84 Kms, a velocidade média da etapa foi de 14, 64 Kms Hora.A rodar, o tempo cifrou-se em 06:04:06 H. A velocidade máxima atingida foi 45,64 Kms H.

Texto e fotografia: António José Soares

Um dia duro e difícil, mas saímos recompensados pela beleza do trajecto e pelos bons momentos passados.

Uma paragem mais longa em Burgos, onde almoçámos e apreciámos a admirável catedral, considerada Património da Humanidade pela UNESCO.

Saindo de Belorado

À conversa no Caminho

Burgos

Burgos está, intimamente ligada à história das peregrinações a Compostela, que seguramente lhe deram uma dimensão enorme e a importância, que hoje assume.

Foi com alguma relutância que partimos, contudo os dias que dispúnhamos para fazer o caminho não convidavam a grandes paragens. É interessante referir os muitos peregrinos, de todo o mundo, que aqui encontrámos, misturando-se com os habitantes locais que calcorreavam as ruas bebendo umas cervejas e comendo uns tapas.

Os almoços foram sempre momentos de confraternização e de convívio, espaço para troca de ideias e contribuíram seguramente para um melhor conhecimento mútuo.

Não recomecei muito bem, porque furei, mal saímos de Burgos, um furo tem sempre um efeito psicológico negativo, mas neste caso, com a ajuda dos meus amigos recentes, os efeitos negativos foram minorados.

Burgos, praça da Catebral

Rumo a Hontanas

Depois de alguns momentos bem passados em Burgos, novamente no pedal até Hontanas. Esta segunda parte da etapa foi mais penosa, eu e Fulvio ficámos para trás, acabei por ficar sem água um pouco antes de Hontanas, e se o calor apertava! Vítor, Sérgio e Camilo tinham andamento mais forte, por isso descolaram um pouco. Contudo, também chegámos ao destino, embora 15 minutos mais tarde. Tratou-se, como disse de um percurso difícil mas belo.

De todos, acabei por ser o mais penalizado, tive o azar de não ter sobrado água quente para mim. Acabei por ir jantar mesmo sem ter tomado duche, tomar banho de água fria era muito contraproducente.

Hontanas trata-se de um povoado antigo e isolado, contudo este isolamento é quebrado um pouco pelo movimento dos peregrinos. O seu casario de pedra confere-lhe um estilo sóbrio mas harmonioso.

Jantámos no restaurante que praticamente vive dos peregrinos e pouco mais, sendo aliás muito bem servidos.

O jantar decorreu com alegria, comentámos as peripécias do dia. Às duas da manhã acordei para tomar banho, finalmente água quente! Apesar dos habituais roncos, não foi difícil adormecer novamente.

Na manhã seguinte, tomámos o pequeno-almoço no albergue de Hontanas e iniciámos nova etapa.

Tributo aos peregrinos

Hontanas, albergue, 1º edifício da direita

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