Dia Internacional das Montanhas destaca importantes descobertas arqueológicas

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Com a celebração do dia internacional das montanhas, no passado dia 11 de Dezembro, em Oleiros, o Município de Oleiros, em parceria com a Naturtejo, deu destaque à arte rupestre existente nas Montanhas de Oleiros, nomeadamente alguns achados recentes, que vêm demonstrar a ocupação humana por estas paragens, um “usufruto da paisagem que dura há cerca de 5000 anos”.

O Dia Internacional das Montanhas ficou marcado pela interessante palestra “Arqueologia nas Montanhas de Oleiros”, a cargo do Dr. João Caninas da Associação de estudos do Alto Tejo e a qual foi complementada por uma visita guiada a um dos locais de interesse.

Uma das grandes revelações deste dia, prendeu-se com a contemplação da Arte Rupestre existente nas Montanhas de Oleiros, nomeadamente a existência de gravuras, a qual veio comprovar a ocupação antiga da região. Por outro lado, achados recentes na Serra Vermelha,

nomeadamente uma estrutura que se pode conectar com um ritual funerário atribuível à Pré-Historia Recente, vem atestar um “usufruto da paisagem” com cerca de 5000 anos.

Recorde-se anteriores descobertas, como a existência de antigos monumentos funerários (tumuli) no concelho, haviam preenchido uma lacuna no conhecimento da presença efectiva de comunidades humanas, nesta zona serrana do distrito de Castelo Branco, a partir do Neolítico.

Por último, refira-se que a paisagem de Oleiros é marcada por montanhas xistentas fortemente recortadas por linhas de água encaixadas em vales profundos. Estas serranias são abruptamente cortadas pela Serra do Moradal, uma enorme “muralha” na paisagem, constituída por quartzito.

O cume destas montanhas de quartzito e xisto de Oleiros, actualmente a cerca de 800-1000 m de altitude, já se situou no passado no fundo de um oceano cheio de vida, revelando a história do planeta nos últimos 600 milhões de anos.

No final, ficou comprovado que as rochas de Oleiros, em especial o xisto, marcam a ocupação humana na região há milhares de anos, desde os antigos monumentos funerários (mamoas) e as lajes com Arte Rupestre que se descobrem no alto das serras, até às mais recentes e típicas aldeias com fachadas e muros de xisto.

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